José Rios
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
Depois vê-se...
José Rios
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Não sou um Deus a quem se pode pedir um desejo qualquer.
terça-feira, 27 de outubro de 2009
Cláudia...

Sorri, acabaste de partir e já te vou vendo a chegar.
Vens com aquele ar sorrateiro de quem sabe o que quer.
… lábios pintados naquele tom violeta, só por ter dito que os teus olhos verdes também eram azuis.
Eu saberia esculpir o teu corpo como o mais perfeccionista dos escultores, mas nunca saberia que cor dar ao teu olhar.
José Rios
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
...sara-"Mago"
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
Por supuesto
lOuCo...
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
Nunca hei-de conseguir ver os outros aos olhos de ninguém.
A verdade dos outros não posso ser eu.
E isso confunde quem acredita que pode ler a minha alma, manipular os meus sentimentos e fazer julgamentos sem olhar directamente nos meus olhos.
A mentira provoca tamanha revolução que a verdade acaba em utopia.
José Rios
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
Alucinação...
Deixem que a chuva interfira em tempestades desordenadas e violentas, acalmem os Deuses sem os provocar, pois eles podem estar demasiado loucos para entenderem aquilo a que queria dar significado.
Bem sei da minha suprema superioridade, mas a verdade é que tenho de ouvir todos os meus súbditos.
…não fora os Deuses e a minha existência passaria despercebida ao Mundo.
domingo, 11 de outubro de 2009
Sol

O "sol " essa coisa enorme a quem chamam estrela, que vai conseguindo aquecer os nossos corpos e corações, vai distraindo o mar para que a água deixe de o ser e se torne sal.
Até os figos que ninguém queria se tornam um manjar apetecível numa noite qualquer em que o vinho requer algo doce.
Faz o dia ser dia, independentemente do ciume que a lua lhe possa causar...
José Rios
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
Refúgio
Parecem tão perto, mas a verdade é que essa realidade só é possível quando queremos que assim seja.
Que diria das cidades que não vejo?
Seria uma desilusão olha-las em tão bela e serena paisagem.
O céu deixaria de ser o manto que me cobre, ia tornar-se uma camisa-de-forças, à qual tento fugir.
Um dia, quando a loucura assim o for realmente, deixem que vagueie na minha montanha com cheiro a mar.
José Rios
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
...sorrisos
´... só o Rio ou o Mar, me poderão proporcionar tamanhas percepções.
Todos que de mim pedem um pouco, vou dando com prazer, se bem que por vezes não me seja fácil gerir e atender todos aqueles que "precisam" da minha atenção.
José Rios
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
domingo, 20 de setembro de 2009
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
Provavelmente
Eras tu que desordenavas as cores que vinham na minha direcção.
Eras tu que escurecias o céu para que pudesse ver as estrelas.
Eras tu que o acendias para o Sol poder entrar no meu quarto.
Eras tu o tempo que corria a seu bel' prazer.
… aquele olhar de soslaio transmitia-me sensações tão profundas, que o próprio prazer se tornava vago e incoerente…
Eras tu…!
José Rios
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
"Auras..."
terça-feira, 8 de setembro de 2009
Firenze
Até o taberneiro recorda a minha passagem com saudade, faz questão de pagar a rodada, que toma à minha mesa lembrando-me de atitudes de descontrolo mas bem-estar. Ri convulsivamente do meu estranho mas engraçado Italiano, admite nostalgia das noites que passava sem dormir só porque a porta se fechava.
sábado, 5 de setembro de 2009
Ninfas...
São estranhos os desígnios de quem caminha por terras das quais nada sabe.
Poder dizer aquilo que seria provavelmente um impropério ou até um insulto, torna-se numa agradável conversa, com risos inocentes de quem quer agradar!
José Rios
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
Porquê...?
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
Soči
São muitos os que vão passando, sem nada ver, vão abstraídos no seu destino.
Soubera eu escrever esta estranha forma de falar e dizer-vos-ia os segredos que esconde.
Falaria de histórias reais, ou talvez não, que vão acontecendo a cada dia que passa.
Ouviria com atenção epopeias de outrora que enaltecem este palmo de terra.
Sentiria o vibrar de gentes que fazem por merecer tudo aquilo a que se propuseram.
Cheiraria todos os odores que vão passando indiferentes ao meu apurado paladar.
Olharia nos olhos as mulheres de olhar verde e sorriria…
… se os olhos verdes são traição, que assim seja, deixem que me traiam pois a sua beleza iguala a mais bela paisagem. Eles impulsionam-me para voos tranquilos, ao som de músicas aleatórias que vão passando sem que tenhamos a noção das horas que passamos a admirá-los.
Não ter horas para coisa nenhuma, torna o tempo desnecessário. Só os sinos que vão tocando de quando em quando nos lembram que ele existe.
José Rios
domingo, 2 de agosto de 2009
Gritos
quinta-feira, 30 de julho de 2009
segunda-feira, 27 de julho de 2009
...27 de Julho

Os altares perdidos em remotas paragens fizeram de mim crente em teorias pouco convencionais mas alcançáveis.
Quando uma rosa se torna azul, provavelmente estamos apaixonados.
Se todos pensassemos azul, o nosso sonho seria rosa.
É invulgar sentirmos uma cor como um código de vida, mas ela está lá, para nos lembrar que existe.
José Rios
domingo, 26 de julho de 2009
Segunda vez
Dádiva
Pelo caminho estrelas que se atropelam numa correria desenfreada e sem destino conhecido.
Regressões a passados que ainda não o foram.
Casulos de futuro onde também quero ir…
José Rios
sábado, 25 de julho de 2009
Pecar sem Pecado
Da sala das orgias onde tudo era estudado ao pormenor, desde o leque que convidava os incautos, até ao sofá redondo de onde saíam formosas damas com roupa um pouco reduzida para a época.
Os pianistas tocavam vendados para que não opinassem sobre assuntos que em nada lhes diziam respeito.
Depois destas festas, um a um iam ao confessionário, para que o Bispo os absolvesse de tamanhas obscenidades. Não que o Bispo fosse santo, mas tinha um estatuto eclesiástico que lhe permitia pecar sem pecado.
À saída metiam-se em discretas cadeirinhas, corriam as cortinas e dirigiam-se a casa, depois das suas fantasias realizadas.
A criadagem balbuciava em surdina frases de repúdio e inveja de tamanha depravação.
O Rei exausto de correrias impróprias para a sua idade, deitava-se na sua real cama, não sem antes se aliviar no seu penico esmaltado…
José Rios
quinta-feira, 23 de julho de 2009

Esquecer por momentos que sejam, abre as portas a delírios apenas imagináveis quando estás perto.
A mente é algo estranho a que não nos conseguimos habituar. O nosso pensamento vai em direcção a hipotéticas situações que desejamos, sem ter a noção do quão complicadas poderão ser.
Olvidava o passado para que o futuro se tornasse no ontem...
José Rios
terça-feira, 21 de julho de 2009
Partilha

O areal que se avizinha, vai absorvendo a água que veio para ficar. É água cansada de viagens por oceanos diversos, que escolhe a areia fina de uma praia perfumada por odores bem distintos e agradáveis para passar o resto dos seus dias.
O sol que brilha insistentemente forma na água um enorme espelho, no qual se mira orgulhosamente.
…quando conseguimos absorver toda esta energia que nos é oferecida sem contrapartidas, então ficamos de bem com a vida e distribuímo-la por quem realmente precisa, mas não sabe como procurar.
José Rios
segunda-feira, 20 de julho de 2009
...medo...

Pior que uma arma são os olhos tristes com que olhas-te o medo.
José Rios
sexta-feira, 17 de julho de 2009
Tento esperar o tempo, mas perco a pouca paciência para esperas que se arrastam como sombras de quem não se move.
Perco a vontade de estar parado aguardando aquilo que queria, mas não vou ter.
É inútil e vã a esperança de me tornar em alguém que vá de encontro aos ideais por alguém estruturados.
Deixai pois que me mova em direcção ao que realmente me diz respeito...
José Rios

…encostas agrestes, montanhas tão inclinadas que o céu torna-se uma mera formalidade.
José Rios
sexta-feira, 10 de julho de 2009
Tributo...
Palavras que se sonham actos, e actos de platonismo que fazem das palavras formalidades geralmente desnecessárias a tais pensamentos.
Memórias escritas em diários que se tornam livros de amor e muito mais.
Sinto com mágoa o anoitecer de mais uma noite que se repete dia após dia, as cores deixaram de fazer sentido e a falta de escrita adoece a vontade de chegar a um outro dia…
José Rios
quinta-feira, 9 de julho de 2009
quarta-feira, 8 de julho de 2009

segunda-feira, 6 de julho de 2009

quinta-feira, 2 de julho de 2009
Insonorização

O fresco desvanecia acompanhado do aumento de calor incontrolável de alguém que queria para além do desejável. Eram actos de paixão improvisados, por anos perdidos em escaramuças que nunca o foram.
Quando a porta se fecha e a luz fica ténue e branda, a sensação de bem-estar torna-se pouco compreensível, mas muito agradável.
À medida de todo o processo de emparedamento colectivo, a vontade aumenta e o sentimento de querer muito e muito mais, atormenta o meu mundo no mais profundo da minha essência.
José Rios
quarta-feira, 3 de junho de 2009
... reencontros

Amizade nunca o é sem surpresas inesperadas, gestos de carinho que nos aumentam o ego e o desejo de olhar o futuro com uma réstia de esperança na verdadeira felicidade. Não que não a tenha experimentado mas o simples facto de estares presente afina a vontade de passar mais uma vez por sensações que queria presentes.
José Rios
Primavera

É verdade que fui recebido por Garrett, mas o meu olhar direccionava-se para movimentos graciosos de corpos que se maneavam de forma apetecível.
… eram seios que tentavam respirar, espreitando maliciosamente por entre decotes rasgados e extremamente provocadores.
Fico sem dúvidas do milagre que é a Primavera…
José Rios
domingo, 31 de maio de 2009

Os realmente mestres na arte, no saber positivo e doutrina, aqueles que seguem com entusiasmo e paixão o magistério em si, começam a ser espécies em vias de extinção, dando lugar a "doutores" que olham os seus diplomas com uma vaidade demasiadamente egocêntrica e descontrolada, tornando-se em meros pedagogos de algibeira.
... se houvesse sido um bom e aplicado pupilo, ainda me lembraria do verdadeiro significado da palavra pedagogia.
Que bem me teria feito, conhecer pessoalmente a palmatória, reconhecer todos os seus cinco olhos que provocavam neles o mesmo efeito de cebolas ácidas quando cortadas em pequenos pedaços!
domingo, 24 de maio de 2009

Renascer

Medo de me revelar
O medo penetra a minha vida
Impedindo-me de voar
Sentimentos que invadem o meu ser
Emoções que não consigo exprimir
Apareceste….e de repente
O meu medo deixou de existir
Transcreves para o papel
O que penso, sinto e não digo
Fazes parte do meu mundo
E por isso és meu amigo

Uma fábula autêntica em que acreditas sem querer.
Um límpido olhar para lado nenhum.
Atitude singular de quem nega de novo.
Pensamento escaganifobético que deriva de algo que desconheço.
Salsifré que mais não passa de loucura controlada.
É pois meu destino igualar o supremo.

O espelho reflecte a harmonia de formas apetecíveis,
Vitualhas de prazer que só quero partilhar contigo.
Deixa que te olhe e percorra a verdade que é o teu corpo.
Ouve os batimentos acelerados de quem deseja.
Toca os teus lábios nos meus como um beija-flor,
que sorve o néctar doce do absinto.
Sente o ardor do nosso beijo sôfrego e descontrolado,
que nos faz tecer longos mantos de coragem.
Escuta o amor que nos une,
como uma maldição que não queremos que acabe.
Partilha comigo a simplicidade de uma ode,
tocada à flauta por um Benjamim qualquer.
sexta-feira, 22 de maio de 2009
Baal
O tapete foi estendido cuidadosamente, milimetricamente adaptado ao espaço que teriam de percorrer.
Os pajens aguardavam pacientemente a chegada dos convivas vindos de variados pontos da região. Eram pessoas abastadas, que tentavam transmitir a sua superior cultura, ostentando títulos mais ou menos válidos comprados em leilões duvidosos e pouco credíveis.
As poses altivas e gestos estudados em ateliers de boas maneiras, leccionados por “Senhoras” com um passado não muito longínquo de riqueza que se foi esvanecendo à medida da decadência do seu estado físico, fazem de analfabetos verdadeiros génios.
Os candelabros na sua imponência, alumiam os corredores que nos hão-de levar aos nossos lugares acompanhados de perto por mordomos de rostos rígidos mas servis na sua essência.
Finalmente sentados e assustadoramente retraídos nas suas faustosas cadeiras, vão apreciando as vestes dos vizinhos que ocuparam a fila da frente obstruindo a visão para o palco com os seus chapéus pouco vulgares.
Uma a uma as velas vão-se apagando, provocando sussurros pouco dignos de castas que se têm donas de um mundo por si só em falência intelectual.
Faz-se luz num cenário pouco usual para uma peça de semelhante gabarito. As personagens entram pomposamente tomando os seus respectivos lugares. O silêncio toma conta do espaço, enquanto os actores olham de relance os textos por uma última vez.
… e a história começa com falas que vamos absorvendo com maior ou menor dificuldade, tentando imaginar aquele Baal completamente embriagado, escrevendo e vivendo à sua maneira sem medo de infringir regras éticas e morais, mas capaz de impressionar o mais culto dos mortais pelo seu diálogo extraordinário e arrojado.
quinta-feira, 21 de maio de 2009
Ali tão perto

Separados por um rio que nos separa da cidade que queremos nossa, estão duas margens simetricamente alinhadas em direcção ao mar, que se avizinha ali tão perto.
O cheiro a vinho fino, inunda o ar de aromas frutados, apurando sentidos já devassados por uma poluição malfazeja a que nos querem habituar.
É estranha a forma aleatória com que observo os humildes passantes que se vão confundindo com a própria cidade.
Os turistas que vagueiam por entre ruínas a que chamamos monumentos, passam absortos e sem rumo pré definido, bebendo toda a beleza da nossa história assinada por alguém definitivamente excepcional.
A tentação de mergulhar neste rio de águas turvas e pouco límpidas, dissipam-se com a imagem impar de um painel de azulejaria Portuguesa da mais alta qualidade.
… é fácil atravessar a ponte que nos separa, o difícil é deixa-la para trás!
José Rios