Do alto da minha farda, olho todas aquelas criaturas tristes e mal vestidas que viajam até onde aquele reles pedaço de papel azul as possa levar.
Vão calados e circunspectos. Gostava de lhes entrar na mente, mas tenho receio do que poderei encontrar.
Será melhor apreciar a paisagem que vai passando a um ritmo alucinante, pois o meu cérebro sente-se confuso com a mudança de um horizonte outrora bem mais belo. Só os rios continuam nos seus leitos, mantendo o trajecto sinuoso de antigamente.
No regresso, já cansado de caminhadas incessantes sem rumo definido, volto a mais uma viagem percorrendo novamente a rota em direcção a sul.
As personagens mudaram, mas continuam agonizantes e desesperadas como se de um exército derrotado se tratasse.
Começo a pôr em causa as minhas próprias convicções, ao constatar esta demência generalizada que se apoderou deste povo a que pertenci.
- Que é feito das merendas especialmente preparadas para uma viagem de comboio que já não o é?
- Do riso dos outros que me contagiavam como uma epidemia de boa disposição?
- Das longas paragens em apeadeiros obsoletos, mas não menos importantes, as quais aproveitava para cumprimentar o guarda-freios que discutia com a mulher enquanto levantava a bandeira para que a composição avançasse?
- Aonde pára o mendigo com o seu acordeão já desgastado pelo tempo infinito de sons por ele reproduzidos?
É urgente que volte para de onde vim, este mundo já não é o meu.
quarta-feira, 29 de abril de 2009
sábado, 25 de abril de 2009
Ratita

É-me difícil descrever a beleza num estado tão puro.
É qualquer coisa alva e nívea que me faz prender ao estado físico.
Tu és a ode que eu ajudei a escrever.
És a cumplicidade de poeta, musa inspiradora de alguém que vê para além do obviamente obvio... para lá de horizontes mais ou menos atingiveís por um mortal qualquer, mas muito proximos de uma mente clara e sã.
terça-feira, 21 de abril de 2009
segunda-feira, 20 de abril de 2009
Idalina
Cada ruga é uma história de vida.
São obstáculos ultrapassados,
estradas percorridas.
São Monarquia, República, Ditadura, Revolução.
É um cravo vermelho erguido na mão!
Cada ruga é uma luta;
É uma certeza;
Uma razão.
São obstáculos ultrapassados,
estradas percorridas.
São Monarquia, República, Ditadura, Revolução.
É um cravo vermelho erguido na mão!
Cada ruga é uma luta;
É uma certeza;
Uma razão.
quarta-feira, 8 de abril de 2009
... e assim escrevo:
Em nome dos que choram,
dos que sofrem em silêncio
por uma paixão.
Dos que de noite morrem de desejo,
com uma esperança nos olhos.
Em nome de tudo peço!
Dai-me forças para lutar sem medo!
Por alguém que valha a pena.
Pois eu quero amar e ser amada.
O amor não é,
nem nunca será pecado...
Lili
dos que sofrem em silêncio
por uma paixão.
Dos que de noite morrem de desejo,
com uma esperança nos olhos.
Em nome de tudo peço!
Dai-me forças para lutar sem medo!
Por alguém que valha a pena.
Pois eu quero amar e ser amada.
O amor não é,
nem nunca será pecado...
Lili
Subscrever:
Mensagens (Atom)